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Coração de 5 Pontas

1
O Foguete Tricolor vai Decolar

2
Viajando pelo Tempo

3
Era uma Vez um Lugar

4
1933

5
Leônidas

6
Porfírio da Paz

7
Hino do São Paulo Futebol Clube

8 Uma Moeda

(Hélio Ziskind)

Uma moeda
deitada
num dedão

espera
um cutucão

no lado cara
uma camisa verde
e no lado coroa
um timão

veja como a vida é
tem coisa que é pra quem pode
não é pra quem quer

43
São Paulo é campeão
a moeda caiu em pé!

44
9 a 1 no Santos
e ainda compramos o Canindé
eh Canindé...
nossa segunda casa

era um clube alemão
na beira do Tietê
por causa da guerra
tiveram que vender

era uma paisagem de cinema
na beira do rio

uma casa majestosa de madeira
um campo
e um cais

quando o Tietê enchia
o Canindé virava uma ilha
só de barco pra chegar

eh Canindé...
enfim, um lugar

bonito e sereno
pra treinar
e concentrar
ommm

bola dentro da diretoria
que sorrindo dizia

boooom patrimônio...
beeeelo time...
agora... as taças
São Paulo... vai firme!

45 !46 !48 !49 !
duas vezes bi
campeão Paulista

o nosso time tinha nome de avião
esquadrão de aço
timaço

Sastre, Leônidas
Luizinho Teixeirinha
Rui Bauer Noronha

em letras garrafais
nos jornais
a gente lia:

grandes cracks
craque com "c, k"

quem diria!...

quando o esquadrão jogava
a vitória era certa
só mudava o placar

belas tardes de domingo
o Pacaembu assistiu

o fabuloso São Paulo dos anos 40
o melhor time do Brasil

estufando a rede
e o peito tricolor
como um balão
subiu

e lá do alto...
o São Paulo
com olhos de gigante
achou o Canindé
tão pequenininho...

e nesse instante...
na mente do gigante
uma idéia
subiu no trapézio
e começou a balançar

se São Paulo é um gigante
onde é que ele vai morar?



vozes, guitarra base, percussão (sampler): Hélio Ziskind / percussão e bateria: Guilherme Kastrup / sax alto, tenor e clarinete: Nailor Proveta / sax barítono e flauta: Ubaldo Versolato / Trompete: Rubinho Antunes / Trombone: Sidnei Borgani / teclado e órgão: Marcelo Jeneci / baixo: Régis Damasceno / programação: Márcio Nigro / arranjo de base: Hélio Ziskind / arranjo sopros: Nailor Proveta

9
Terreninho não, terrenão

10
Bola no Barbante

11
Anos 60: o São Paulo era um Calhambeque

12
Anos 70: Olha a Máquina

13
Anos 80: 5 Vezes campeão!

14
Telê

15
Anos 90: O Foguete Decolou

16
Anos 2000: Pra Sempre Tricolor

17
Nomes pra não Esquecer

18
Hino do São Paulo Futebol Clube - instrumental


Criação e Direção Musical: Hélio Ziskind Produção
Executiva: Rui Branquinho
Direção de Arte e Ilustrações: Gustavo Duarte
Gravação e Mixagem: Hélio Ziskind e Márcio Nigro
Masterizacão: Homero Lotito (Reference Mastering Studio)

Este cd começou assim: num almoço no segundo andar do restaurante Pitanga com Rui Branquinho me dizendo: gosto muito da sua música e gosto muito do SP. Queria que existisse um cd com os dois juntos. E me deu de presente o livro do Conrado Giacomini (Dentre os Grandes és o Primeiro, editora Ediouro).

Li muitos livros pra fazer as letras deste cd. Livros lindos como o do Ignácio de Loyola, que me fez enxergar as paisagens do campo da Floresta, do Canindé, o grito antigo da torcida, a bolacha do Lp com a canção Bola no Brabante... Li livros de causos, o livro do Raí, a biografia do Tostão, do Telê, do Leônidas, colunas na internet, mas o livro do Conrado teve um outro efeito em mim: a história passou como um filme. Me encantei com a idéia de fazer uma história que pudesse ser decorada. Saber de cor. Saber de coração.

Primeiro, fiz quase toda a letra. Depois vim fazendo as melodias e os arranjos de base. Acabava algumas canções, imprimia as partituras e mandava pro Proveta escrever os arranjos dos sopros. De tempo em tempo gravávamos os 4 sopros. Foi criando um clima de novela, com os músicos querendo saber como a história continuava.

As alegrias foram muitas. Os olhos do Proveta me dizendo que as composições estavam boas. O Ubaldo que um dia não entrou com o barítono na hora certa porque sem perceber parou pra ouvir a letra. As primeiras canções foram duras pra nascer. Ainda não sabia como cantar. Guilherme Kastrup (percussão e bateria) me ajudou a atravessar esse período em que eu só conseguia sussurrar a letra. Ainda não tinha encontrado a minha voz na história.

Marcelo Jeneci trouxe sons de órgão elétrico e foi criando emendas entre partes como se fosse um senhor dos ventos a controlar massas invisíveis. Trouxe também o baixista Régis Damasceno, que além do sotaque melodioso do Ceará, trouxe o som do baixo Hofner pra denro do cd.

Márcio Nigro me acompanhou no computador, mixando, passando a limpo, programando, automatizando, enfim, criação e finalizacão ao memso tempo, uma caçando a outra. Aventura radical. Tempo contado. Planos e prazos estourados por causa de uma criacão que insistia em correr solta e livre. Não é toda hora que se abre uma avenida assim.

Em Novembro de 2008 (quase um ano e meio de trabalho), o verso final do cd era assim: "2008, num trampo descomunal, nasceu esta história do SP em forma musical". Porém, doenças na família me impediram de concluir o cd. E ainda por cima o SP ganhou o campeonato! Ou seja, tive que criar novos versos pra cantar sobre o arranjo já gravado... Dá-lhe computador!

Terminamos o cd em outubro de 2009. Realmente, foi uma aventura... daquelas que a gente volta pra casa todo esfolado e imensamente feliz. Me tranformei ao longo desse cd. Serei eternamente grato ao Branquinho pelo convite.

Agradecimentos: Conrado Giacomini, Victor Birner, Guimme, Rui Branquinho e Gustavo Duarte pela ajuda na elaboracão do texto. A Eduardo Muszkat e Gislene Rocha, da MCD, pela paciência e atenção.




 

 
créditos