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Coração de 5 Pontas

1
O Foguete Tricolor vai Decolar

2
Viajando pelo Tempo

3
Era uma Vez um Lugar

4
1933

5
Leônidas

6
Porfírio da Paz

7
Hino do São Paulo Futebol Clube

8
Uma Moeda

9
Terreninho não, terrenão

10
Bola no Barbante

11
Anos 60: o São Paulo era um Calhambeque

12 Anos 70: Olha a Máquina

(Hélio Ziskind)

O sol
nasce no horizonte

no mar
uma onda se levanta

vêm vindo... olha como venta!...
vêm vindo... anos 70

vêm vindo... olha como venta!
bem vindos... anos 70!

imponente
finalmente

ficou pronto
o Morumbi
a casa do gigante

agora não há nada quem empaque
o calhambeque vai virar um cadilaque....

rom rom
rom rom

rom rom
rom rom

olha a máquina...
Toninho Guerreiro, Cegonha, Forlan

Gerson
canhotinha de ouro
camisa 10 no meio campo tricolor

vamo' São Paulo
vamo' São Paulo
vamo' ser campeão

25 de janeiro
inaugurou o Morumbi
a máquina saiu comendo chão

Gerson
com o braço esticado
no meio campo
apontava a direção
olha a arrancada...

70 !
fim do jejum...

71!
ganhamos mais um!

75 stuff...
show de Waldir

77
Batalha do Mineirão
Chicão ergueu a taça e sorriu
São Paulo campeão do Brasil

entre rojões e bandeiras
rodopiou o foguete tricolor

e escreveu
com seu rastro brilhante:

Pedro Rocha,
Muricy...
Sérginho Chulapa...
Chulapa...

Momento Memorável:

campeonato paulista de 78
semifinal contra o Palmeiras

jogo lonnngo
0 a 0
final da prorrogação

a torcida do verdão
começou a cantar :

ai ai ai ai...
tá chegando a hora

mas olha a hora que estava chegando...
-priii...
falta!

o São Paulo bate
a bola vem alta

Sérginho Chulapa
quase de costas pro gol

vai de cabeça
toca de ombro
e a bola sobe...

desenha uma curva no ar
e desce direto no ângulo direito de Gilmar

a torcida do SP
explode em frenesi descontrolado

a hora
tinha chegado!

pessoas choram,
desmaiam,
gritam gol sem parar

Chulapa 1, Palmeiras 0.
ô ô ô

Serginho Chulapa
pra sempre

artilheiro
tricolor



vozes, piano e piano elétrico (sampler) guitarra base, violão de aço, tambores (sampler) e baixo (Chulapa): Hélio Ziskind / percussão e bateria: Guilherme Kastrup / guitarra: Mario Manga / sax alto e clarinete: Nailor Proveta / sax barítono e flauta: Ubaldo Versolato / Trompete: Rubinho Antunes / Trombone: Sidnei Borgani / teclados e orgão: Marcelo Jeneci / baixo e violão de 12 cordas: Régis Damasceno / programação: Márcio Nigro / arranjo de base: Hélio Ziskind / arranjo sopros: Nailor Proveta

13
Anos 80: 5 Vezes campeão!

14
Telê

15
Anos 90: O Foguete Decolou

16
Anos 2000: Pra Sempre Tricolor

17
Nomes pra não Esquecer

18
Hino do São Paulo Futebol Clube - instrumental


Criação e Direção Musical: Hélio Ziskind Produção
Executiva: Rui Branquinho
Direção de Arte e Ilustrações: Gustavo Duarte
Gravação e Mixagem: Hélio Ziskind e Márcio Nigro
Masterizacão: Homero Lotito (Reference Mastering Studio)

Este cd começou assim: num almoço no segundo andar do restaurante Pitanga com Rui Branquinho me dizendo: gosto muito da sua música e gosto muito do SP. Queria que existisse um cd com os dois juntos. E me deu de presente o livro do Conrado Giacomini (Dentre os Grandes és o Primeiro, editora Ediouro).

Li muitos livros pra fazer as letras deste cd. Livros lindos como o do Ignácio de Loyola, que me fez enxergar as paisagens do campo da Floresta, do Canindé, o grito antigo da torcida, a bolacha do Lp com a canção Bola no Brabante... Li livros de causos, o livro do Raí, a biografia do Tostão, do Telê, do Leônidas, colunas na internet, mas o livro do Conrado teve um outro efeito em mim: a história passou como um filme. Me encantei com a idéia de fazer uma história que pudesse ser decorada. Saber de cor. Saber de coração.

Primeiro, fiz quase toda a letra. Depois vim fazendo as melodias e os arranjos de base. Acabava algumas canções, imprimia as partituras e mandava pro Proveta escrever os arranjos dos sopros. De tempo em tempo gravávamos os 4 sopros. Foi criando um clima de novela, com os músicos querendo saber como a história continuava.

As alegrias foram muitas. Os olhos do Proveta me dizendo que as composições estavam boas. O Ubaldo que um dia não entrou com o barítono na hora certa porque sem perceber parou pra ouvir a letra. As primeiras canções foram duras pra nascer. Ainda não sabia como cantar. Guilherme Kastrup (percussão e bateria) me ajudou a atravessar esse período em que eu só conseguia sussurrar a letra. Ainda não tinha encontrado a minha voz na história.

Marcelo Jeneci trouxe sons de órgão elétrico e foi criando emendas entre partes como se fosse um senhor dos ventos a controlar massas invisíveis. Trouxe também o baixista Régis Damasceno, que além do sotaque melodioso do Ceará, trouxe o som do baixo Hofner pra denro do cd.

Márcio Nigro me acompanhou no computador, mixando, passando a limpo, programando, automatizando, enfim, criação e finalizacão ao memso tempo, uma caçando a outra. Aventura radical. Tempo contado. Planos e prazos estourados por causa de uma criacão que insistia em correr solta e livre. Não é toda hora que se abre uma avenida assim.

Em Novembro de 2008 (quase um ano e meio de trabalho), o verso final do cd era assim: "2008, num trampo descomunal, nasceu esta história do SP em forma musical". Porém, doenças na família me impediram de concluir o cd. E ainda por cima o SP ganhou o campeonato! Ou seja, tive que criar novos versos pra cantar sobre o arranjo já gravado... Dá-lhe computador!

Terminamos o cd em outubro de 2009. Realmente, foi uma aventura... daquelas que a gente volta pra casa todo esfolado e imensamente feliz. Me tranformei ao longo desse cd. Serei eternamente grato ao Branquinho pelo convite.

Agradecimentos: Conrado Giacomini, Victor Birner, Guimme, Rui Branquinho e Gustavo Duarte pela ajuda na elaboracão do texto. A Eduardo Muszkat e Gislene Rocha, da MCD, pela paciência e atenção.




 

 
créditos