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Coração de 5 Pontas

1
O Foguete Tricolor vai Decolar

2
Viajando pelo Tempo

3
Era uma Vez um Lugar

4
1933

5
Leônidas

6
Porfírio da Paz

7
Hino do São Paulo Futebol Clube

8
Uma Moeda

9
Terreninho não, terrenão

10
Bola no Barbante

11
Anos 60: o São Paulo era um Calhambeque

12
Anos 70: Olha a Máquina

13
Anos 80: 5 Vezes campeão!

14
Telê

15 Anos 90: O Foguete Decolou

(Hélio Ziskind )

91
o foguete decolou
Raí desencantou
São Paulo campeão paulista e brasileiro

92
o foguete disparou
o coração dos tricolores

final da Libertadores
no Morumbi

dia 17 de Junho
frio cortante na capital paulista

como um tsunami
foi chegando a massa tricolor

105 mil rodaram as catracas
15 mil ficaram de fora
espremendo o estádio

São Paulo e Newell's Old Boys
um time de Argentina

tensão
do começo ao fim

no último lance
no pênalti final
Zetti pulou e pegou!
êô êô

do fundo do coração
um grito de campeão
se libertou

uma multidão ensandecida
pulando de alegria
com o time nos braços
comemorou

tri un fal
tri co lor

Zetti, Cafú, Antonio Carlos, Ronaldão,
Ivan, Pintado, Adilson, Elivelton, Raí,
Müller, Macedo, Palhinha e Telê!

São Paulo!

libertadores
a nossa taça almejada

no alto da cordilheira
nossa bandeira
cravada

São Paulo
respira fundo

mais alto
só no topo
do mundo

dezembro
lá vai o tricolor
26 horas no avião

boa noite Brasil
bom dia Japão

. . .

teguedegue déim déim
déim déim déim
teguedegue déim déim

13 de dezembro de 92
estádio Nacional de Tóquio, né!

lá... meio dia,
aqui... uma da manhã

em campo
frente a frente

o melhor da Europa
e o melhor da América do Sul

São Paulo e Barcelona
vermelho preto e branco
contra vermelho e azul

o melhor do mundo
quem será?
quem vencerá?

de bandeira e de pijama
a torcida acordou

bola na grama
o juiz apitou

kudassai! boa sorte!
gritavam os japoneses
lá e aqui
lá e aqui

todos viram
o gol do Barcelona
Raí de barriga empatar

e aquela a falta no Palhinha
(que besteira que o Barça foi fazer...)

perto da área, na direita,
perfeita
pro Raí bater

jogada ensaiada
Raí rolava a bola pra Cafu que devolvia
com a bola rolando Raí batia

o vai e volta distraía o goleiro
por 1 segundo

como se o chute
fosse um velho conhecido
Raí bateu

a bola fez a curva
entrou na gaveta
o goleiro nem se mexeu

Raí virou o jogo
correu até o banco
e deu aquele abraço no Telê

ao mestre
com carinho

Telê
sorriu

campeões do mundo!...

primeira estrela vermelha
no céu do Morumbi

foi aquele jogo
que teve aquela falta
e aquele abraço do Raí

92
que ano de sonho!

93...
não sei se eu sonhei ou se eu alucinei
mas eu escutei

John Lennon cantando com o Paul
"...parece que no caso do São Paulo
o sonho ainda não acabou..."

maio no Morumbi
segunda Libertadores
sabe quanto foi?

Universidad Católica do Chile 1
São Paulo 5
pá pá pá pá pá

foi a maior goleada em final da Libertadores!
a primeira vez em 30 anos que um time brasileiro foi bicampeão

a maior atuação do escrete tricolor sob a regência do mestre Telê
teve um ataque do Chile com 4 defesas seguidas do Zetti

pá pá pá pá
e a bola não entrou

o treinador chileno
declarou

o São Paulo é um time de mestres
uma equipe iluminada

adrenalina pura, meu
que loucura
o sonho não pára

12 dezembro de 93
ôôô

160 países
vendo pela TV

SP e Milan
final do Mundial
que jogo!
que jogo!

3 a 2!
vencemos sem Raí

o veterano Toninho Cerezo
menino no meio campo
foi um motor

Müller endiabrado
fez o gol da vitória
e um solo de tenor:

- questo gol é per te, buffone!

o zagueiro Costacurta,
com a mão na cabeça...
não acreditou!...

São Paulo
bicampeão do mundo!

duas estrelas vermelhas
na camisa tricolor.

Rogério Ceni
no banco de reservas
via tudo aquilo acontecer

imaginou
um dia...

essa alegria vai voltar
comigo no gol

94
Conmebol

98
campeão paulista!

Zetti
passa a bola
pras mãos de Rogério Ceni



vozes, piano, piano elétrico (sampler) e sintetizador: Hélio Ziskind / bateria e percussão: Guilherme Kastrup / sax soprano, alto e clarinete: Nailor Proveta / sax barítono e flauta: Ubaldo Versolato / Trompete: Rubinho Antunes / Trombone: Sidnei Borgani / teclado e órgão: Marcelo Jeneci / baixo: Régis Damasceno / programação: Márcio Nigro / arranjo de base: Hélio Ziskind / arranjo sopros: Nailor Proveta.

16
Anos 2000: Pra Sempre Tricolor

17
Nomes pra não Esquecer

18
Hino do São Paulo Futebol Clube - instrumental


Criação e Direção Musical: Hélio Ziskind Produção
Executiva: Rui Branquinho
Direção de Arte e Ilustrações: Gustavo Duarte
Gravação e Mixagem: Hélio Ziskind e Márcio Nigro
Masterizacão: Homero Lotito (Reference Mastering Studio)

Este cd começou assim: num almoço no segundo andar do restaurante Pitanga com Rui Branquinho me dizendo: gosto muito da sua música e gosto muito do SP. Queria que existisse um cd com os dois juntos. E me deu de presente o livro do Conrado Giacomini (Dentre os Grandes és o Primeiro, editora Ediouro).

Li muitos livros pra fazer as letras deste cd. Livros lindos como o do Ignácio de Loyola, que me fez enxergar as paisagens do campo da Floresta, do Canindé, o grito antigo da torcida, a bolacha do Lp com a canção Bola no Brabante... Li livros de causos, o livro do Raí, a biografia do Tostão, do Telê, do Leônidas, colunas na internet, mas o livro do Conrado teve um outro efeito em mim: a história passou como um filme. Me encantei com a idéia de fazer uma história que pudesse ser decorada. Saber de cor. Saber de coração.

Primeiro, fiz quase toda a letra. Depois vim fazendo as melodias e os arranjos de base. Acabava algumas canções, imprimia as partituras e mandava pro Proveta escrever os arranjos dos sopros. De tempo em tempo gravávamos os 4 sopros. Foi criando um clima de novela, com os músicos querendo saber como a história continuava.

As alegrias foram muitas. Os olhos do Proveta me dizendo que as composições estavam boas. O Ubaldo que um dia não entrou com o barítono na hora certa porque sem perceber parou pra ouvir a letra. As primeiras canções foram duras pra nascer. Ainda não sabia como cantar. Guilherme Kastrup (percussão e bateria) me ajudou a atravessar esse período em que eu só conseguia sussurrar a letra. Ainda não tinha encontrado a minha voz na história.

Marcelo Jeneci trouxe sons de órgão elétrico e foi criando emendas entre partes como se fosse um senhor dos ventos a controlar massas invisíveis. Trouxe também o baixista Régis Damasceno, que além do sotaque melodioso do Ceará, trouxe o som do baixo Hofner pra denro do cd.

Márcio Nigro me acompanhou no computador, mixando, passando a limpo, programando, automatizando, enfim, criação e finalizacão ao memso tempo, uma caçando a outra. Aventura radical. Tempo contado. Planos e prazos estourados por causa de uma criacão que insistia em correr solta e livre. Não é toda hora que se abre uma avenida assim.

Em Novembro de 2008 (quase um ano e meio de trabalho), o verso final do cd era assim: "2008, num trampo descomunal, nasceu esta história do SP em forma musical". Porém, doenças na família me impediram de concluir o cd. E ainda por cima o SP ganhou o campeonato! Ou seja, tive que criar novos versos pra cantar sobre o arranjo já gravado... Dá-lhe computador!

Terminamos o cd em outubro de 2009. Realmente, foi uma aventura... daquelas que a gente volta pra casa todo esfolado e imensamente feliz. Me tranformei ao longo desse cd. Serei eternamente grato ao Branquinho pelo convite.

Agradecimentos: Conrado Giacomini, Victor Birner, Guimme, Rui Branquinho e Gustavo Duarte pela ajuda na elaboracão do texto. A Eduardo Muszkat e Gislene Rocha, da MCD, pela paciência e atenção.




 

 
créditos